domingo, 2 de junho de 2013

Anitta: poderosa, meiga e abusada

A funkeira carioca lidera as paradas de sucesso e já é comparada a Beyoncé

Por Lucas Rezende (lucasrezende@portaldenoticia)
Há quatro anos, Larissa era apenas uma jovem do subúrbio carioca que cantava em um coral de igreja e tinha conquistado um estágio disputadíssimo em uma multinacional. Sempre apaixonada por música e dança, resolveu publicar vídeos na internet cantando músicas de sucesso até que foi descoberta por produtores musicais decididos a apostar em seu talento.
Foi aí que nasceu Anitta, codinome adotado por Larissa para seguir atrás do seu sonho e dominar os palcos do Brasil. Fazendo até três shows por noite e não saindo de casa por menos que R$ 60 mil, a revelação do funk quer trazer uma nova roupagem ao ritmo que domina os bailes e “desceu o asfalto”. “O funk não tem muito respeito justamente porque uma parte faz um trabalho sujo, e aí, com certeza, as pessoas generalizam e acham que tudo que sai do funk é feio, é horroroso. Eu tento passar nas minhas músicas o lado mais cultural da coisa, mais responsável para vencer o preconceito das pessoas”, disse.
Focando em uma mensagem especial para o seu “exército de poderosas”, a cantora apresenta letras carregadas na exaltação da mulher. “As meninas estão cada vez mais sem limites e eu acho que toda diversão tem que ter respeito. Elas têm que se valorizar e eu tento passar isso ao máximo”, comentou. Vítima de um preconceito por não ter nascido nas comunidades, Anitta declara que os artistas do funk a acusam de ter usado o ritmo para crescer. “Eu sou muito simples e não gosto de rótulos. É meio que uma raivinha porque eu me dei bem”, disparou.
Além de liderar as paradas de sucesso com “Show das Poderosas”, onde conquistou um milhão de visualizações em apenas dois dias, Anitta já emplacou “Menina Má”, “Meiga e Abusada” e “Ta na Mira”, deixando as canções entre as mais baixadas do planeta. Tamanho sucesso já rendeu um contrato com a multinacional Warner Music, com a qual lançará um CD nas próximas semanas e inicia uma turnê pelo país, já com data marcada para se apresentar em Vitória no dia 12 de julho.
NOVA ERA DO FUNK
Como acontece com todo artistas, as comparações são inevitáveis, e Anitta já é chamada de “Beyoncé do funk”. “Eu entendo que falam por conta do Stiletto, que é a dança que eu escolhi para os meus shows e é o estilo de dança que a Beyoncé usa. Como eu trouxe isso para o funk, as pessoas acabam comparando. Eu procuro não ficar olhando muito para não me influenciar, para poder fazer uma coisa do zero, partindo de mim mesma. Mas é bem diferente e eu estou longe dela ainda”, falou.
Comparações deste tipo, segundo produtor musical Marco Camargo, é um reflexo da fórmula perfeita que Anitta tem para continuar explodindo. “Há muito já se descobriu que no Brasil, quando se coloca uma coreografia com uma letra assimilável, o sucesso chega bem rápido. Isso acontece desde os tempos do ‘É o Tchan’. A Anitta tem uma produção diferenciada da maioria dos funks, faz muito tempo que não se tem um funk com qualidade, expressão e
imagem tão boa. Ela ainda tem uma multinacional por trás apostando. É sucesso na certa”, analisou.
Portanto, se você não conhece a Anitta, “prepara, que agora, é hora!”

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