sexta-feira, 8 de março de 2013



A MC Anita, tem apenas 18 anos e já é uma das artistas de maior popularidade na cena de funk carioca. Em entrevista ao Overmundo para a pesquisa sobre o mercado da música no estado do rio de Janeiro, ela falou sobre o seu curioso início de carreira e sobre o preconceito que o gênero funk ainda sofre, inclusive dentro do próprio meio musical.Muitas pesquisas acadêmicas têm apontado como YouTube é hoje a plataforma midiática mais utilizada pelos artistas do funk para lançar novas músicas e artistas. No final de 2009, sem traçar nenhuma estratégia, a então estudante de administração Larissa de Macedo Machado – nome verdadeiro da MC Anita – postou no YouTube um vídeo produzido por ela e seus amigos, no qual cantava, dançava e imitava a popular apresentadora do programa Furacão 2000 Priscilla Nocetti. O vídeo agradou um dos produtores da Furacão que enviou e-mail convidando Larissa para fazer um teste. “Achei que era brincadeira, que era trote, mas não era, liguei para ele (…) e vim ao estúdio”, disse Larissa que depois disso viu sua vida mudar: em menos de quatro meses ela já havia adotado o nome artístico de MC Anita, gravado a música “Eu vou ficar” que virou hit nas rádios cariocas, participado do DVD da Furacão 2000 e começado a fazer shows em várias cidades do estado.Ela conta ainda que no começo conseguiu conciliar sua carreira de cantora com o estágio que fazia na Vale do Rio Doce, mas que a medida que as contratações para shows foi aumentando, decidiu dedicar-se exclusivamente a música.Hoje a MC Anita é uma das cantoras de funk melody – vertente do funk que é caracterizada pelo destaque vocal e canções de letras românticas – mais requisitadas da Furacão 2000, realizando uma média de oito apresentações por semana.Na entrevista a MC denunciou o preconceito e a forma diferenciada com que os artistas de funk são tratados por alguns contratantes: “Mesmo o funk tendo nascido no Rio de Janeiro (…) ele sofre muita discriminação. As pessoas de classe social mais alta não conseguem respeitar o funk como ritmo, como estilo musical (…) da mesma forma que a MPB é, que o rock é (…) Eu fui abrir o show para o Charlie Brown Jr, tinha um camarim absurdo para eles e eu fiquei esperando na secretaria”.

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